Cineastas têm briga pública sobre participação de soldados negros na 2ª Guerra."Nem tudo [na Segunda Guerra] era John Wayne, queridão", disse Spike Lee.
A briga pública entre os cineastas Spike Lee e Clint Eastwood continua. O primeiro, diretor de "Faça a coisa certa", respondeu ao "cala a boca" dado pelo veterano cineasta em uma entrevista publicada na última sexta-feira (6). A discussão começou depois que Spike Lee afirmou que Eastwood ignorou a presença dos soldados negros em seus filmes de guerra "A conquista da honra" e "Cartas de Iwo Jima".
"Primeiro de tudo, o cara não é meu pai e nós não estamos na lavoura [referindo-se aos tempos da escravidão nos EUA]. Ele é um grande diretor. Ele faz seus próprios filmes, eu faço os meus... E um comentário como esse, 'um cara assim devia calar sua boca'... que isso Clint, que isso? Ele soa como um velho raivoso", disse Spike Lee, que rodou "Miracle at Santa Anna", sobre um batalhão formado exclusivamente por negros na Segunda Guerra Mundial.
Em entrevista publicado pelo jornal inglês "The Guardian", o diretor de "Sobre meninos e lobos" e "Os imperdoáveis" ironizou os comentários de Lee ao falar sobre seu próximo filme, "The human factor", que se passa na África do Sul. "Nelson Mandela não vai aparecer branco." "A conquista da honra" e "Cartas de Iwo Jima" têm um total de quatro horas juntos e não mostram soldados negros.
De acordo com o "Guardian", Thomas McPhatter um dos soldados negros envolvidos no ataque a Iwo Jima, forte japonês, disse que se sente insultado a não encontrar um negro retratado nos filmes sobre Iwo Jima.
"É a gota d'água. Eu fui negado, insultado e mal-tratado".
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