terça-feira, 29 de julho de 2008


Primeira e única mulher de Zumbi dos Palmares.
Princesa de Palmares e mãe dos três filhos de Zumbi.
Dandara, guerreira e valente foi uma das lideranças femininas negras que lutaram junto com Zumbi, contra o sistema escravocrata do século XVII, com estratégias e planos de ataque e defesa de Palmares.
Quando os primeiros negros se rebelaram contra a escravidão no Brasil e formaram o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas, Dandara estava junto com Ganga-Zumba. Participou de todos os ataques e defesas da resistência palmarina. Na condição de líder, Dandara chegou a questionar os termos do tratado de paz assinado por Ganga-Zumba e pelo governo português. Posicionando-se contra o tratado, opôs-se a Ganga-Zumba, ao lado de Zumbi.
Sempre perseguindo o ideal de liberdade, Dandara não tinha limites quando estavam em jogo a segurança de Palmares e a eliminação do inimigo. Chegando perto da cidade do Recife, depois de vencer várias batalhas, Dandara pediu a Zumbi que tomasse a cidade. Sua posição era compartilhada por outras lideranças palmarinas. Para Dandara, a paz em troca de terras no Vale do Cacau era a destruição da República de Palmares e a volta à escravidão.
Em 06 de fevereiro de 1694, Dandara se matou jogando-se da pedreira mais alta de Palmares, que ficava nos fundos do principal mocambo - a Cerca dos Macacos - quando da queda do Quilombo de Palmares para não voltar à condição de escrava.
Ela representa, até hoje, liberdade e igualdade, o significado deste nome é "a mais bela".
Escrava liberta em 1812, pertencia à nação nagô-jejê, da Tribo de Mahi, religião Muçulmana, africanos conhecidos como Malês.
Todas as revoltas e levantes escravos que abalaram a Bahia nas primeiras décadas do século XIX foram articulados por ela, em sua casa, que se tornou quartel – general destes levantes.



Por Gabriela Imani

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